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Cerca de 300 pessoas – todas morando em casas improvisadas, em um terreno particular de cerca de 60 mil metros quadrados do Jardim Paulista – foram à Câmara Municipal de Várzea Paulista, na sessão desta terça-feira (25). Com cartazes, mas num protesto pacífico, os ‘sem-casa’ foram à Câmara pedir o apoio dos vereadores para solucionar o caso: o grupo está, há cerca de 20 dias, acampado no Jardim Paulista – e quer que a Prefeitura solucione a questão da falta de moradia no município.

Ontem, de forma ordenada, os ‘sem-casa’ começaram a chegar na Câmara por volta das 18h30. Assim que o presidente do Legislativo, o vereador Ivan Luis Sada (PPS), deu por aberta a sessão, no entanto, os parlamentares aprovaram uma inversão na pauta, permitindo que um representante do grupo (o ex-vereador Sulinar José de Oliveira) usasse a Tribuna Livre, para explicar os problemas.

Sulinar agradeceu pelo convite recebido de Ivan Sada e do vereador Luciano Braz de Marques, do PT. Ele relatou que há 200 famílias assentadas, estimou que existam outras duas mil famílias cadastradas, à espera de casas populares, e garantiu: todos os dias, este número sobe. “Há uma fila de seis mil cadastrados na Prefeitura, mas esse número pode dobrar”, disse.

De acordo com Sulinar, o grupo resolveu procurar ajuda da Câmara depois de se reunir, em quatro ocasiões, com representantes da Prefeitura – e o assunto não avançar. Numa das propostas que mais teria agradado o grupo, a Prefeitura teria se disposto a desapropriar uma área, e os próprios moradores se encarregariam da construção das casas, em regime de mutirão.

Sulinar, no entanto afirma que esse acordo foi “quebrado”.  “Várzea passou 15 anos sem construir uma casa popular sequer. Agora, o problema estourou”, define o representante do movimento.

Os vereadores se comprometeram a conversar com os secretários da Prefeitura para ver o que pode ser feito. Luciano Marques se declarou disposto a participar de uma comissão de vereadores para acompanhar o caso de perto. Ivan Sada disse que vai cobrar o secretariado por ter feito promessas que não poderiam ser cumpridas. Os vereadores devem visitar o local nos próximos dias.

CMVP